Muito tem se falado sobre inclusão, diversidade e, nós mesmas aqui da Start UP, publicamos e republicamos vários posts e matérias falando da importância do assunto, do ponto de vista Corporativo.
Mas, cada vez que vem à tona um ou mais episódios tão graves que envolvem preconceito, seja ele de etnia, gênero, classe social, religioso, acessibilidade entre outros, vemos o quanto ainda falta para alcançarmos a igualdade e a real necessidade desse tema se manter em pauta.
Pra começar, vale aqui rever o conceito literal do que é Estereótipo:
“Estereótipo é o conceito ou imagem preconcebida, padronizada e generalizada estabelecida pelo senso comum, sem conhecimento profundo, sobre algo ou alguém. É usado principalmente de maneira preconceituosa para definir e limitar pessoas quanto a aparência, naturalidade e comportamento.”
Sabemos que tudo que é diferente nos causa estranheza e distanciamento, e a partir disso é gerado o preconceito e a tentativa de excluir tudo aquilo que é diferente para nós.
O preconceito pode ocorrer de diferentes formas, as vezes ele é explicito e, desse você não tem dúvida que ele realmente existe e, o mais letal que é o preconceito mascarado ou tendencioso.
Através dele a pessoa preconceituosa não tem consciência do impacto de seu comportamento.
Esse comportamento, muitas vezes, está enraizado em estereótipos e, em elementos de sua formação, do ambiente de onde ela vem, seja familiar, acadêmico, profissional, social, que a levam a agir de uma maneira específica, sem estar ciente de seus atos.
E como o RH pode conscientizar os colaboradores do mal causado pelo preconceito e permitir um ambiente corporativo mais inclusivo?
É lógico que não é uma tarefa fácil mas, tentar mudar os conceitos pré existentes, expondo os Colaboradores a informações, imagens e contatos com pessoas que contrariem esses estereótipos, já é um bom começo.
Para isso as empresas precisam revisar os programas de diversidade e inclusão existentes e, analisar com atenção se estão funcionando efetivamente ou não.
O RH precisa olhar para dentro da sua empresa e, honestamente, fazer-se algumas perguntas, como: Nossa equipe de Colaboradores é diversa? A cultura da empresa aceita e apoia a inclusão? Que esforços apoiam a diversidade e a inclusão? Nossos esforços tem sido suficientes?
Diversidade e inclusão devem estar incorporados à cultura.
Seus Líderes precisam demonstrar que apoiam a diversidade e inclusão por meio de suas ações e, se tiverem Gestores que pertençam a esses grupos, fica ainda melhor!
Sessões de debates precisam ocorrer com a participação de todos, até o CEO e gerentes, para que esses temas sejam colocados em pauta, trazendo o que ainda pode ser tratado como “diferente” para algo comum.
Além disso, o RH precisa oferecer um sistema de suporte confidencial, para que os Colaboradores se sintam confortáveis em procurar conselhos e expressar preocupações.
Políticas de tolerância zero nesse sentido, precisam ser implementadas e suportadas.
A notícia boa é que, pesquisas recentes demonstram que, a pandemia tem feito surgir uma nova geração que visa a responsabilidade social corporativa, focada em entender melhor as relações pessoais, as angustias e necessidades de seus Colaboradores.
A partir daí, surgirão novos parâmetros para medir o que as empresas fazem quando se trata de equidade, diversidade e inclusão de gênero, bem como ações que devem adotar para promovê-las.
Empresas que colocarem seus Colaboradores em primeiro lugar, investirem em Diversidade e disserem Não a intolerância e ao preconceito, certamente servirão de modelo e farão parte do seleto e, ainda pequeno grupo das efetivamente “melhores empresas para se trabalhar”.
Mais sobre o assunto:
https://diariodocomercio.com.br/exclusivo/mulheres-dados-valem-mais-que-estereotipos/
https://cio.com.br/tecnologia-nao-tem-genero-e-hora-de-aposentar-esses-estereotipos/
https://www.forbes.com/sites/mariaminor/2020/06/08/enough-is-enough-stop-the-ignorance/#4180bd741dda