Em meados do século XIX, com a Revolução industrial, a
forma de trabalho conhecida até então, sofreu inúmeras mudanças significativas.
O trabalho que anteriormente em sua maioria era artesanal, foi substituído pelo
uso de máquinas e pelo processo de assalariamento.
Com as intensas mudanças nas relações de trabalho, houve
a necessidade de elaborar um sistema administrativo, que suprisse as novas
demandas. Nesse contexto de crise, surgiu então a gestão de pessoas,
inicialmente, denominada de Departamento de Relações Industriais.
Com o passar do tempo, esse setor sofreu inúmeras
mudanças e influências decorrentes das necessidades do mercado, das carências
das organizações e da forma como o trabalhador passou a enxergar o seu
trabalho. Até que então, chegássemos ao modelo que conhecemos hoje, como
Recursos Humanos.
O RH chamado “tradicional” foi tornando-se cada vez mais
ultrapassado, e por consequência o RH estratégico ampliou sua aderência nas
organizações, pois, foi criado com o intuito de alinhar as exigências do
mercado, com as novas tendências comportamentais e tecnológicas. Mas de fato,
quais são as diferenças entre esses modelos?
O modelo de RH tradicional tem como característica
principal, o foco operacional nos processos, como contratação, treinamento de
funcionários, seleção, entre outros. Esses processos operacionais possuem
excedentes de burocracia, pouca flexibilidade e inúmeras etapas.
Outro ponto em relação ao RH tradicional que nos chama a
atenção, envolve as estruturas organizacionais. O RH tradicional mantém o
modelo hierárquico, com organogramas verticalizados, exaltando as relações de
poder e diminuindo a possibilidade de comunicação aberta.
Com as modificações realizadas, o RH Estratégico
incorporou inúmeras funções. Além das organizações administrativas, o RH passou
a cuidar das questões relacionadas ao desenvolvimento dos colaboradores,
pesquisa de satisfação, ações sociais, assessoria a organização,
sustentabilidade, novas tecnológicas, entre outras.
Passou também a integrar o colaborador nas estratégias
desenvolvidas para a organização, unindo as necessidades do mercado com as
características e demandas de cada área, de acordo com a dinâmica do mesmo.
Busca também agregar diversos conhecimentos a uma
única equipe, desta forma, ele preza pela diversidade, com o intuito de
aprimorar os negócios. Os processos de motivação e comunicação, também fazem
parte das funções do RH. Nele há a possibilidade de uma comunicação interna e
externa efetiva, com o intuito de manter um bom nível de atração/retenção de
talentos e estimular a relação de troca, entre colaborador e organização.
O objetivo central é alinhar os interesses da empresa e
dos colaboradores, para que haja desenvolvimento e fortalecimento da marca e do
capital humano.
A busca por um ambiente mais humanizado, mais do que uma
tendência de mercado, é uma tendência de geração, que não apenas enxerga o
trabalho como uma fonte de recursos financeiros, mas sim, uma fonte de
realização pessoal.
Mas não vamos parar por aqui….
Hoje o RH Estratégico está sendo desafiado a novas
mudanças, afinal com os impactos causados por um mercado onde a volatidade,
incerteza, complexidade e ambiguidade são as únicas certezas, não podemos
ficar de fora dos processos de transformação digital e agilidade que as
empresas vem adotando.
Vamos falar sobre isso no próximo post!